A Epagri/Ciram emitiu um aviso oceanográfico nesta segunda-feira (6) alertando para o risco de ressaca no litoral catarinense entre quarta (8) e quinta-feira (9). Segundo o oceanógrafo Argeu Vanz, o fenômeno deve voltar a se repetir em função do vento predominante de Nordeste, associado a um centro de alta pressão no oceano próximo ao litoral catarinense. A ressaca será provocada por ondas com altura entre 1,5 metro e 2 metros próximo da costa, vindas de Leste e de Nordeste. A Floram (Fundação Meio Ambiente) e a Defesa Civil alertam os procedimentos que devem ser adotados.
Especificamente na Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, a ressaca deixou um rastro de destruição em seis praias desde maio. As praias de Canasvieiras, Ingleses, Brava, Mole, Caldeirão e Matadeiro tiveram algum tipo de prejuízo. “Com a areia das praias submersa na plataforma interna, as ondas devem avançar sobre a costa sem obstáculos provocando a ressaca. O fenômeno pode ocorrer com mais intensidade nas praias do Norte e do Leste da Ilha. Felizmente não deveremos ter a maré sizígia, que está relacionada à lua”, explicou o oceanógrafo.
A Defesa Civil de Florianópolis emitiu um alerta informando sobre o risco para a navegação e as atividades de pesca. As embarcações e os apetrechos de pesca e de maricultura devem ser protegidos. Também deve ter cuidado com as edificações, as infraestruturas e as vias em áreas de vulneráveis à erosão e inundações costeiras.
O chefe do departamento de licenciamento ambiental da Floram, Francisco Antônio da Silva Filho, lembra que os proprietários de imóveis atingidos pela erosão marinha nas praias de Canasvieiras, Ingleses, Brava e Matadeiro, que foram contempladas no decreto de emergência, podem colocar cercas com troncos de eucalipto, com manta geotêxtil preenchido com areia retirada da própria praia.
“Para a implantação da paliçada (cerca), o proprietário deve entrar com o processo administrativo junto a Floram, que vai informar qual a maneira e o tamanho da intervenção para a futura recomposição. A implantação de qualquer outra estrutura (rochas, muros, cortinas de concreto, etc.) não é permitida, estando sujeita à aplicação de multa, demolição e recuperação do dano ambiental constatado”, afirmou Francisco.
O processo administrativo não afasta a necessidade do pedido de autorização à SPU-SC (Superintendência do Patrimônio da União), por se tratar de acrescido e terreno de marinha, com características de APP (Área de Preservação Permanente). A prefeitura ainda aguarda o repasse de R$ 926 mil para o reparo das praias, que está programado para começar nesta semana.
Matéria originalmente publicada em www.ndonline.com.br
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