Pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) estão desenvolvendo uma fórmula de repelente contra água-viva. A expectativa é que o produto seja concluído até a próxima temporada. Nesta semana, os bombeiros emitiram alerta diante do alto número de casos de queimaduras por água-viva no litoral catarinense. Foram 43.528 mil casos registrados até segunda-feira (dia 16) nesta temporada 2016/2017, o dobro do ano passado.
A ideia é ter um princípio ativo junto com o protetor solar para ser aplicado antes de entrar na água. No estudo, os pesquisadores avaliaram as propriedades bioquímicas e atividades biológicas que combatem o envenenamentos em diferentes espécies de medusas que existem no litoral catarinense e identificaram formas de reproduzir o efeito em humanos.
— Uma água-viva não oferece perigo de envenenamento para outra água-viva. Estudando as espécies estamos propondo uma formulação de uso tópico que para muitos banhistas será o fim dos incômodos causados pelas medusas —explica Charrid Resgalla Júnior, pesquisador do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Univali e um dos coordenadores do projeto.
A proposta, de autoria de Fabiana Figueredi Molin de Barba, foi apresentada como tese de doutorado do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Univali. A formulação do composto ainda é mantida em segredo e deverá ser apresentada, em breve, para a indústria de cosméticos ou farmacêutica.
Enquanto o produto não chega ao mercado, o estudo demonstrou ainda que as substâncias que apresentam melhor efeito no controle dos sintomas de dor após a queimadura de água-viva foram a vaselina líquida, com redução de 84% na dor percebida, seguida de creme neutro com cânfora, com redução de 76%.