Tradicional nos meses de outono e inverno, o pinhão é um alimento rico em fibras, carboidratos complexos, proteínas e minerais como cobre, ferro, magnésio, zinco e fósforo. Na chapa ou cozida, a semente das araucárias é uma boa opção para lanches intermediários e até para consumo antes da prática de atividades físicas.
E ao contrário de alguns alimentos, que ao serem cozidos perdem propriedades, o pinhão ganha atributos ao passar pelo processo de cocção. Segundo a nutricionista Joice Soares, ao ser cozido, alguns nutrientes da casca passam para a semente, aumentando o índice de antioxidantes do alimento.
— Isso ajuda a deixar o corpo mais saudável, reduz o risco de doenças e evita o envelhecimento precoce — garante a especialista.
Entra no rol de vantagens, também, a boa quantidade de fibras — que beneficiam o funcionamento do intestino —, a presença de luteína — substância que ajuda na prevenção de doenças oculares —, a presença de vitaminas do complexo B — que beneficiam o sistema nervoso central —, além da combinação de gorduras moinsaturadas, magnésio e vitaminas E e K, que protegem o sistema cardiovascular e podem até atuar na redução do colesterol.
A cereja do bolo, e que nem sempre é de conhecimento geral, é a capacidade do pinhão em ajudar no emagrecimento.
— Ele tem um ácido chamado pinoleico, que age como supressor da fome e ainda libera um hormônio que ajuda a dar saciedade — observa a nutricionista.
Mas, calma! Assim como ele pode auxiliar no processo de perda de peso, o consumo exagerado pode ter o efeito inverso. Como é calórico, cada 100g de pinhão cozido contém 197 calorias. Para reduzir esse efeito, Joice sugere que as porções do alimento sejam introduzidas em um lanche da tarde ou mesmo antes das atividades físicas, pois oferecem energia suficiente do início ao fim da prática em função da presença de carboidratos complexos.